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secretario ricardo henriques e reunião

O secretário de Assistência Social e Direitos Humanos, Ricardo Henriques, admitiu na terça-feira, que as políticas sociais no Estado do Rio de Janeiro são obsoletas e pediu a colaboração das lideranças da sociedade civil para mudar a forma de atuação da máquina pública. “Existem vários avanços na atuação da secretaria, mas tem uma característica que está intocada: as políticas sociais são do século 19, todas pautadas pela noção de caridade”, afirmou o secretário. “Preciso da ajuda de todos para poder dar um salto de qualidade na direção do século 21”, completou.

Atendendo a convite da superintendente do IBDD, Teresa Costa d’Amaral, o secretário se reuniu com as principais lideranças do movimento de pessoas com deficiência na sede do Instituto, em encontro marcado pelo dia nacional de luta das pessoas com deficiência. Durante quase três horas, Ricardo Henriques ouviu reivindicações, relatos e críticas da atuação das políticas públicas para o setor no Rio. “O que estamos discutindo aqui vai além dos direitos humanos. Queremos cidadania, direito de igualdade. A sua passagem aqui pode trazer essa esperança”, definiu Teresa d’Amaral.

Na mesma linha, o vice-presidente do Conselho Municipal de Defesa dos Direitos da Pessoa com Deficiência do Rio (Comdef-Rio), Wilson de Almeida Lobão, criticou o caráter de caridade das políticas públicas voltadas para as pessoas com deficiência. “Quero a minha cidadania, que não é reconhecida pela sociedade. Não quero gratuidade nos transportes públicos, mas quero poder entrar num ônibus de muleta e não ser jogado no chão por uma direção perigosa do motorista”. Cinthya Pereira, diretora da Associação dos Deficientes Visuais do Estado do Rio de Janeiro (Adverj), alertou para a falta de um plano específico para os cegos numa situação de evacuação de emergência do metrô. “Vamos todos morrer queimados ou pisoteados”, lamentou. Márcio Aguiar, membro do Conselho Nacional dos Direitos da Pessoa Portadora de Deficiência (Conade), afirmou que “falta articulação política ao governo para garantir acessibilidade para as pessoas com deficiência. Sem acessibilidade, não existe cidadania”.

Fechando as manifestações da noite, Teresa Amaral disse que pouca coisa mudou desde que ajudou a criar a Lei Federal 7.853, de 1989, que estabeleceu os direitos básicos das pessoas com deficiência. “O que mudou foi apenas o que não podia deixar de mudar, porque o mundo mudou. Ou nós nos viramos por nós mesmos, ou não se consegue nada. O Estado brasileiro é omisso. Eu continuo indignada”, finalizou.

O secretário agradeceu o convite para o encontro com as lideranças e prometeu desobstruir a máquina administrativa da secretaria para atender prontamente as reivindicações e conclamou a todos para ajudá-lo nas mudanças. “A máquina estatal não anda com boa vontade. Anda com tensão. Por isso, eu preciso de inovação para andar mais rápido com as mudanças”, finalizou.

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